domingo, 25 de setembro de 2011

ESSE ANTIGO MUNDO... VIRTUAL



Antigamente as pessoas ficavam em suas janelas, em seus portões,
Por trás das cortinas e venezianas para bisbilhotarem a vida dos seus vizinhos,
Onde seu mundinho tão medíocre, tão pequeno, sabia mais de nossas vidas que nós próprios,
Ou ao menos pensavam que sabiam...
Pois com uma mentalidade tão limitada, tão preocupados com os outros
Esqueciam-se da própria vida, do próprio aprendizado.
Talvez esse seja o motivo de considerarem que antigamente a vida era mais fácil.
Não sei, pois nunca tive tempo para cuidar da vida dos outros.
Minha sábia mãe, sempre me educou que da vida dos outros, Deus cuida.
Não é de nossa conta, a não ser que seja para auxiliar
Nunca nos permitiu falar de fulano ou de sicrano,
Principalmente sem a pessoa estar presente, ou seja, na covardia da fofoca...
Se for para falar diga a própria pessoa, tire a limpo, dê a oportunidade de defesa,
Até para poder tirar suas conclusões e decidir se é amizade se é conhecido ou simplesmente
Pessoa para ser afastada sem guardar magoa rancor ou ódio.
Pois muitas pessoas nos fazem mal apenas com sua presença:
Pois são pessoas que sempre acham que são perseguidas, são vitimas, são as coitadinhas, elas as inocentes, as santas, perfeitas... Ou seja:
O mundo todo está errado e somente ela certa.
E nesse seu mundo podre de inveja, de arrogância, de prepotência, de fuxicos, de maldade
Envolve todo mundo, até quem não tem nada com isso,
E o mais grave todos os seus maiores defeitos enxergam no próximo. (como estou fazendo... (rsrsrsrs))
E com o agravante que sempre o coitado da estória toda é ele próprio...
Essa estória é antes de termos esse progresso da Internet...
Esse mundo tão “moderno”. Virtual...
Virtual? Moderno? Progresso?
Como podem chamar de mundo virtual?
Por nos falarmos através de uma tela?
Acreditam que estejam protegidos em uma bolha?
Que não existam sentimentos da parte do outro lado da telinha?
Que não exista um coração que bate que torce que passa a gostar daquele amigo?
Será que esquece que digitando é um ser humano?
Um ser que como no nosso mundo real, sente, se alegra, se entristece?
E é tão real, que encontramos também os que a usam com a pura maldade de prejudicar,
De fazer todo o mau possível que convivemos na vida real?
Seqüestro, estupro, pedofilia, roubo, distribuir vírus, enganar pessoas carentes com falsos amores, enfim toda maldade possíveis e inimagináveis por mim, como na nossa vida real?
Mas temos muitos e com certeza na maioria, seres humanos de coração lindo, pois essa telinha nos dá a oportunidade de conhecermos a alma, pois não enxergamos seus rostos, e com o tempo com certeza conhecemos e como na vida real podemos escolher quem queremos de amigos de verdades, conhecidos ou simplesmente excluímos, pois como no real as mascaras caem muitos nos decepcionam profundamente, outros até chegamos ao arrependimento de termos nos aproximado, outros simplesmente ficam como se nunca existiram, querem fatos mais reais que esses?
Irão me disser que em sua vida, no seu dia a dia, esses fatos não acontecem?
Seja no trabalho, na escola, na vizinhança e ate dentro de casa? Como podem considerar modernidade?
Modernidade por termos mudado de lugar?
Ao invés de ficarmos sentados em nossas portas ou pendurados em nossas janelas,
Ficamos aqui sentadinhos, bisbilhotando as paginas dos outros?
Mandando e-mails “comentando os fatos”?
Onde está a diferença?...


Autora (CYDA FERRAZ)
Cyda Ferraz
Enviado por Cyda Ferraz em 19/12/2009
Reeditado em 19/12/2009
Código do texto: T1985854

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